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8 comentários:
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Arnaldo
LUIZ RENATO JUNQUEIRA BIGIO - SOLIDARIEDADE
Invisíveis aos olhares preconceituosos,
dos cegos pela conveniência do egoísmo,
vislumbram-se espectros sinuosos
no úmido e infecto passadiço.
Corpos esquálidos, abraçados pela escuridão,
acalentados pela chuva, fria, que cai; torturante,
entorpecidos pelo sono da cola; escravizante,
dormem..rostos no chão,
nossos irmãos,
filhos bastardos de uma sociedade cruel,
renegados à morte social, à vida sem amor,
recheada de fel.
E das crianças, então..
o que se falar?
netas da ruas que são..
feridas, imundas, sofridas, tal qual
vivessem no mundo animal.
O que o amanhã lhes trará?
Em seus olhares, apesar do escuro,
vemos tristeza, desesperança, resignação..
pois sabem que seus planos para o futuro
limitam-se à posse de mísero naco de pão.
Retire a venda da indiferença, para ver além do olhar ..
e entenda:
enquanto, sob condição indigna de vida,
houver sequer um irmão,
felicidade completa não sentirá
no fundo do seu coração.
Abra as janelas de sua alma,
respire os odores - nem sempre agradáveis - da vida real,
preste auxílio aos necessitados;
ame os desafeiçoados;
perdoe a quem lhe fez mal.
E receba de volta a maior paga
que a alguém se pode desejar:
O amor incondicional.
LUIZ RENATO JUNQUEIRA BIGIO - SOLIDARIEDADE
Invisíveis aos olhares preconceituosos,
dos cegos pela conveniência do egoísmo,
vislumbram-se espectros sinuosos
no úmido e infecto passadiço.
Corpos esquálidos, abraçados pela escuridão,
acalentados pela chuva, fria, que cai; torturante,
entorpecidos pelo sono da cola; escravizante,
dormem..rostos no chão,
nossos irmãos,
filhos bastardos de uma sociedade cruel,
renegados à morte social, à vida sem amor,
recheada de fel.
E das crianças, então..
o que se falar?
netas da ruas que são..
feridas, imundas, sofridas, tal qual
vivessem no mundo animal.
O que o amanhã lhes trará?
Em seus olhares, apesar do escuro,
vemos tristeza, desesperança, resignação..
pois sabem que seus planos para o futuro
limitam-se à posse de mísero naco de pão.
Retire a venda da indiferença, para ver além do olhar ..
e entenda:
enquanto, sob condição indigna de vida,
houver sequer um irmão,
felicidade completa não sentirá
no fundo do seu coração.
Abra as janelas de sua alma,
respire os odores - nem sempre agradáveis - da vida real,
preste auxílio aos necessitados;
ame os desafeiçoados;
perdoe a quem lhe fez mal.
E receba de volta a maior paga
que a alguém se pode desejar:
O amor incondicional.
Moldura
Contemplava a moldura vazia
Da mesma forma
Que o futuro,
Mas o presente
Estava diante dos meus olhos - aquarela.
A parede pálida convidava
Um adorno,
E assim foi habitada.
Aquela moldura
Guarneceu outro destino.
vilma ferreira
(todos os direitos reservados)
Francilangela - O Mar à Janela
O MAR À JANELA
Da janela do apartamento
Joãozinho olhava o mar.
Olhava o mar e perguntava:
Que é aquilo?
A ele respondiam:
É o mar.
Da janela do apartamento
Joãozinho olhava o mar.
Olhava o mar e dizia:
O mar é tão lindo.
A ele diziam:
É... É lindo.
Da janela do apartamento
Joãozinho olhava o mar.
Olhava o mar e pedia:
Deixa-me descer para olhar o mar?
A ele respondiam:
Não. Não pode.
Da janela do apartamento
Joãozinho olhava o mar.
Olhava o mar e perguntava:
Posso ir pegar no mar?
A ele respondiam:
Não. Nem pensar.
Da janela do apartamento
Joãozinho olhava o mar.
Olhava o mar e questionava:
Por que não posso ir tomar banho no mar?
Não. É perigoso.
Da janela do apartamento
Joãozinho olhava o mar.
Olhava o mar e definhava.
E definhava...
E definhava...
E definhava...
A janela continua lá.
O apartamento continua lá.
O mar continua lá.
Mas... E Joãozinho, cadê?
Joãozinho?
Joãozinho jaz.
Jaz sem ter sentido o mar.
Jaz sem ter pegado no mar.
Jaz sem ter tomado banho no mar.
Mas uma coisa Joãozinho fez,
Alguém disse.
Disto ninguém pode reclamar,
Continuou dizendo.
Olhou bastante para o mar
Da janela de seu apartamento.
Todos nós somos loucos,
Afinal, vivemos no país das loucuras
Onde tudo tem um jeitinho,
Onde o crime é aplaudido de pé no governo,
Onde os ratos discursam e são aclamados,
Onde a justiça é cega, de fato,
Onde a marginalidade é respeitada,
Onde ser honesto é motivo de piada,
Onde bandidos tem patente e farda,
Onde a corrupção é uma epidemia,
Onde ser assassinado é aumentar os números das pesquisas,
Onde os homens de bem se refugiam atrás das grades de casa,
Onde as crianças trabalham nas ruas para sustentar suas famílias,
Onde os idosos são espancados e discriminados,
Onde os mendigos são queimados vivos enquanto dormem,
Onde a inocência é violentada,
Onde a água doce vira deposito de esgoto,
Onde os delinquentes planejam e executam seus crimes direto da cadeia,
Onde a polícia é conivente e conveniente com a bandidagem,
Onde o dinheiro dos fiéis das igrejas enriquece ilicitamente seus diligentes,
Onde o branco é encardido,
Onde o preto é desbotado,
Onde o podre não é descartado,
Onde o bom apodrece para ser ingerido,
Onde os absurdos são tão normais,
Onde só sobrevivem os hipócritas!
Vera Maria Barbosa
Fim de ano
Era 23 de dezembro e tive de ir para o hospital, pois estava com intoxicação alimentar. Como tenho convênio médico fui atendida na hora, fiz ultrassom, tomei soro, medicamentos, tive o atendimento necessário, tudo a que tenho direito.
Mas, e o direito dos outros? Os corredores do pronto socorro estavam repletos de pessoas em macas improvisadas, esperando atendimento; um socorro que não sabiam se viria, quando viria. Se chegaria a tempo.
Numa dessas macas do corredor, estava um homem com o pé todo enfaixado. Ao passar por ele, ouvi a enfermeira, ou médica, explicando:
- Se deixar assim, a infecção sobe para o corpo todo e o senhor morre, é por isso que temos que amputar o seu dedo.
E ela falava isso num tom absolutamente casual, como se dissesse:
- Sua camisa está suja, é por isso que precisamos tirá-la.
Para essas pessoas, e para tantas outras, que vivem nas ruas, nas favelas, embaixo dos viadutos – ou que não vivem, só escapam, teimam em sobreviver – não haverá Natal, não haverá champanhe, nem panetone, talvez nem comida decente.
Cadê Papai Noel, onde estão os direitos mínimos dos cidadãos? Onde as iniciativas que garantam a dignidade de todos? Onde iremos chegar com tanto desrespeito, tanta indiferença, tanto descaso pela vida humana?
VIA LÁCTEA - ROSANA VARELA
Intensa gravidade, atmosfera de solidão
No mundo que gira sem você
As coisas vêm e vão à velocidade da luz
Dias vãos
Horas torpes,
Um entra e sai de coisas banais
Vou em frente, a passos largos
Estrela cadente, lampejo de felicidade
Meu desejo é uma ordem
Minha ordem é um desejo,
Simples e claro:
Quero você aqui
Mundo imenso, noite densa
Faz frio aqui dentro de mim
Aguardo sua presença salutar
Procuro pistas pra te encontrar
Meu desejo é uma ordem
Minha ordem é um desejo,
Simples e claro:
Quero você aqui
A vida é passageira
Eu e você também, meu bem
Mas sinta-se à vontade
Se quiser me levar à bordo
Na sua pequena estrela
Que leva ao infinito.
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